domingo, 23 de setembro de 2007

A máquina do tempo


Horas, estações e saudades, essas são algumas referências que temos quando pensamos no tempo e na importância que ele tem para organização de nossas vidas.O tempo foi organizado para atender as necessidades do homem, como, saber o momento de se plantar e de amarzenar os alimentos, os períodos de grandes chuvas e de secas e também para saber o momento propício para as grandes navegações. Na sociedade contemporânea não há como se imaginar uma cidade sem organização temporal, hora para ir à escola, abrir o comércio e de ir a um baile, sem esses tipos de regras tudo isto se tornaria uma anarquia(bagunça), como define a filósofa Marilene Chauí em seu livro Convite à Filosofia.Ao longo da história, foram atribuídas características sentimentais ao tempo, como saudades do que foi e um otimismo do que virá, pode se afirmar que 100% das pessoas sentem saudades de algo que aconteceu em sua vida e usam isso como reflexão para o futuro, podendo assim organizar melhor suas futuras escolhas.Porém tem se notado que o tempo passou a ser algo que comanda a vida do ser humano. Dessa forma, há um aumento de pessoas ansiosas e estressadas quando não conseguem cumprir uma tarefa no tempo determinado, tornando-se cada dia mais escravas do tempo.Assim, o ser humano ao longo da história usou o tempo para melhorar na agricultura, nas navegações e nos planejamentos da vida em sociedade. Em contrapartida, tem se limitadado cada vez mais sua vida para atender as necessidades do sistema capitalista que cobra dele resultados cada vez mais urgentes. Nota-se portanto, que a organização do tempo foi inicialmente criada para satisfazer as necessidades humanas, mas têm-se ocorrido uma inversão de papéis, com o homem sendo escravo daquilo que ele mesmo criou. Desse modo podemos refletir, o tempo é a máquina do homem ou o homem é máquina do tempo.

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